São muitas publicações como revistas, jornais, programas de tv, sites na web, lentes em constante vigília, conversas na espera do elevador, anúncios de gravidez, festas em comemoração de algo vazio e um profundo empobrecimento da alma. Pensando nisso, elaborei o seguinte:
Ser famoso é mais ou menos como viver em uma pequena cidade do interior habitada por millhões de pessoas.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
rio
O rio sempre corre para o mar.
Minha família anda correndo para o Rio.
Irmã, sobrinha, prima-irmã, agora irmão.
Irmão-melhor amigo.
Irmão que, de tão diferente, parece gêmeo univitelino.
Eu também corro para o mar.
E subo de volta como aqueles peixes em época de reprodução.
Mesmo que no contrafluxo.
Sofro, mas rio de tudo isso.
Pois sei que estou mais para represa.
Sempre pronto para explodir.
O que me inspirou a escrever este post foi a música abaixo. Como ainda é bom comprar um cd e, aos poucos, se apaixonar por aquela obra. Este prazer não dá para baixar.
Sem Cais
Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso/Pedro Sá
Catei colo
E o mar parou
Fui deitando
Pra perguntar
Nome, bairro
Amigo, amor
De onde vem
Parar o mar
Seu sorriso
Bateu aqui
Inda posso
Me apaixonar
Quero tanto
Quero tanto
Quero tanto você
Mar aberto
Mar adentro
Mar imenso
Aberto
Sem cais
Tou com medo
Tou com medo
Tou com medo
Tou com medo de ver
Que inda posso
Que inda posso
Que inda posso
Ir bem mais
Barra, Gávea
E Arpoador
Deuses brancos
De luz do mar
Deuses negros
Um esplendor
Quem é essa
E o que será
Quem me dera
Eu poder me dar
Todo a essa
Que eu nunca vi
Minha família anda correndo para o Rio.
Irmã, sobrinha, prima-irmã, agora irmão.
Irmão-melhor amigo.
Irmão que, de tão diferente, parece gêmeo univitelino.
Eu também corro para o mar.
E subo de volta como aqueles peixes em época de reprodução.
Mesmo que no contrafluxo.
Sofro, mas rio de tudo isso.
Pois sei que estou mais para represa.
Sempre pronto para explodir.
O que me inspirou a escrever este post foi a música abaixo. Como ainda é bom comprar um cd e, aos poucos, se apaixonar por aquela obra. Este prazer não dá para baixar.
Sem Cais
Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso/Pedro Sá
Catei colo
E o mar parou
Fui deitando
Pra perguntar
Nome, bairro
Amigo, amor
De onde vem
Parar o mar
Seu sorriso
Bateu aqui
Inda posso
Me apaixonar
Quero tanto
Quero tanto
Quero tanto você
Mar aberto
Mar adentro
Mar imenso
Aberto
Sem cais
Tou com medo
Tou com medo
Tou com medo
Tou com medo de ver
Que inda posso
Que inda posso
Que inda posso
Ir bem mais
Barra, Gávea
E Arpoador
Deuses brancos
De luz do mar
Deuses negros
Um esplendor
Quem é essa
E o que será
Quem me dera
Eu poder me dar
Todo a essa
Que eu nunca vi
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Sobre correntes e janelas
Li isso na entrevista de Almodóvar no Mais da Folha de SP e me tocou por um lado:
"Em Abraços Perdidos, a personagem de Penélope não se sente realizada vivendo num palácio, amarradas por correntes de ouro."
Continuei a ler e me tocou por outro:
"Sobre a redução no número de espectadores, acho que a pirataria tem muito a ver com isso. Vivemos uma fase de mudanças muito grandes em tudo o que diz respeito ao consumo de imagens, e só existe uma saída: estruturar esse consumo.
Não acredito que o cinema visto nas salas de cinema esteja morto, assim como não acredito que os jornais estejam mortos. Não vou a um café para ler o jornal no meu computador, e, como eu, há muitas pessoas.
Existem muitas coisas paradoxais, como o fato de que vejo os filmes muito melhor em meu televisor de plasma do que numa sala de cinema.
Isso me dá calafrios, porque aquilo de que gosto é justamente ir ao cinema, me sentar com pessoas que não conheço.
As novas tecnologias proporcionam uma qualidade extrema para assistir a filmes em casa, mas, ao mesmo tempo, essas mesmas tecnologias e a quantidade de janelas possíveis estão deseducando o gosto dos jovens e degradaram o produto cinematográfico, do mesmo modo que os iPods degradaram a música."
Aí parei porque achei que já estava completo, naquele espaço de tempo.
"Em Abraços Perdidos, a personagem de Penélope não se sente realizada vivendo num palácio, amarradas por correntes de ouro."
Continuei a ler e me tocou por outro:
"Sobre a redução no número de espectadores, acho que a pirataria tem muito a ver com isso. Vivemos uma fase de mudanças muito grandes em tudo o que diz respeito ao consumo de imagens, e só existe uma saída: estruturar esse consumo.
Não acredito que o cinema visto nas salas de cinema esteja morto, assim como não acredito que os jornais estejam mortos. Não vou a um café para ler o jornal no meu computador, e, como eu, há muitas pessoas.
Existem muitas coisas paradoxais, como o fato de que vejo os filmes muito melhor em meu televisor de plasma do que numa sala de cinema.
Isso me dá calafrios, porque aquilo de que gosto é justamente ir ao cinema, me sentar com pessoas que não conheço.
As novas tecnologias proporcionam uma qualidade extrema para assistir a filmes em casa, mas, ao mesmo tempo, essas mesmas tecnologias e a quantidade de janelas possíveis estão deseducando o gosto dos jovens e degradaram o produto cinematográfico, do mesmo modo que os iPods degradaram a música."
Aí parei porque achei que já estava completo, naquele espaço de tempo.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
1º de abril
http://www.4shared.com/file/96320575/e8d12d09/1_de_Abril.html
Este link está de 1º de abril comigo. Não funciona de jeito nehum. Se quiser ouvir, copie e cole.
"Qual de nós foi quem mentiu?
Ou será que era 1º de abril?
E se eu disser tudo que sei?
Amor, eu nos entregarei."
Agora nos perguntamos repetidas vezes
Pra onde foi a nobreza?
Virou realeza?
Ou realidade?
Como doeu o choque do real
O sofrer se fez necessário
Um presente
Que talvez derreta
E transforme em algo mais sólido
Ou vire nuvem
Gás para uma futura viagem
Sem tanta tempestade
Ou isso é só no céu?
A família real foi deposta
O sangue já não se apresenta azul
O real feriu, furou, rasgou sem dó
Mas não pode deixar de aparecer
Ferida cicatriza
Ilusão não
Pode nos rondar por anos e causar sequelas ainda maiores
Vai que agora fica azul?
O sangue não
O céu.
Entre aspas: Trecho de 1º de Abril - música e letra de Marina Lima
"E se eu negar
De que valeu
Nossa nobreza
Você e eu."
Este link está de 1º de abril comigo. Não funciona de jeito nehum. Se quiser ouvir, copie e cole.
"Qual de nós foi quem mentiu?
Ou será que era 1º de abril?
E se eu disser tudo que sei?
Amor, eu nos entregarei."
Agora nos perguntamos repetidas vezes
Pra onde foi a nobreza?
Virou realeza?
Ou realidade?
Como doeu o choque do real
O sofrer se fez necessário
Um presente
Que talvez derreta
E transforme em algo mais sólido
Ou vire nuvem
Gás para uma futura viagem
Sem tanta tempestade
Ou isso é só no céu?
A família real foi deposta
O sangue já não se apresenta azul
O real feriu, furou, rasgou sem dó
Mas não pode deixar de aparecer
Ferida cicatriza
Ilusão não
Pode nos rondar por anos e causar sequelas ainda maiores
Vai que agora fica azul?
O sangue não
O céu.
Entre aspas: Trecho de 1º de Abril - música e letra de Marina Lima
"E se eu negar
De que valeu
Nossa nobreza
Você e eu."
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