terça-feira, 24 de março de 2009

Novo de Novo

Além de ter ido ao incrível show do Radiohead, vi duas importantes exposições: Burle Marx e Vik Muniz. Entre tantas imagens, nesta última li uma frase que ficou e resume toda esta história: "Você só tem uma chance de ser novo na vida. E ela pode durar para sempre."



Sorry, mas a beleza do palco e dos efeitos visuais, só ao vivo.


Beto, Bê e A...



Beto, Rui, Eu, Ana e Bê espremidos e felizes na multidão.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Feliz no jogo, infeliz no amor.

"Ele coloca tudo que é encantador no trabalho, e, como consequência, deixa para a vida apenas os preconceitos, os princípios, o consenso. Dos que conheço, os únicos artistas pessoalmente agradáveis são maus artistas. Os bons artistas existem apenas no que fazem, e, por consguinte, são absolutamente desinteressantes no que são. Todo grande poeta, de verdade, é, de todos, a criatura mais sem poesia. Os poetas inferiores, entretanto, são fascinantes. Quanto piores forem suas rimas, mais pitorescos parecem. O simples fato de publicar sonetos de segunda categoria faz do homem uma pessoa assaz irresistível, pois ele vive a poesia que não consegue escrever, enquanto os outros escrevem a poesia que não ousam vivenciar."

Oscar Wilde, assumindo ter sido uma pessoa nada interessante em O Retrato de Dorian Gray.

terça-feira, 10 de março de 2009

Em palavras

Li uma vez que uma das grandes doenças do nosso mundo é o excesso de expectativa.

Você mal entra na escola, já perguntam o que vai ser quando crescer.

Você inicia seus treinamentos esportivos e a inevitável seleção brasileira pinta na cabeça das pessoas.

Tudo mega, sucesso, fama, dinheiro, vitória: uma verdadeira doença.

Aí o que acontece: pessoas vivem frustradas porque não são as primeiras da classe, o melhor do vôlei ou a gostosa do bairro.

Excesso de expectativa é igual a excesso de frustração.

Sem muita expectativa fui gastar minha semana de Carnaval emendadíssima no Uruguai.

Um país pequeno, sem tanta tradição turística, perto do Brasil e, com menos status que seus vizinhos Argentina e Chile.

Se o país é pequeno, a capital também é. E as distâncias também são.

Andar a pé é um prazer. No centro da cidade você avista o Rio da Prata de um lado e de outro, como se estivesse em uma ilha.

Aliás, você pode tomar café com medyalunas em uma praça completamente européia e ir a esquina dar uma olhada naquele rio-mar azul, como se estivesse em uma praia brasileira.

Você pode ir a museus, cafés, feirinhas e mercados pelo dia e, ao entardecer, ir para a orla ver o por do sol.

Pode também tentar entender porque eles levam aquela garrafa de chá e tomam o tal "chimarrão" até na areia da praia.

Pode ir à praia às 5, após um dia cultural, e ficar até 20h30, hora que o sol se vai no verão.

Pode andar de sunga pelas ruas da cidade e chamar a atenção de todos que passam: lá é meio incomum.

Coisa de brasileiro. Eles usam bermudas.

Alugar uma bike e percorrer toda a orla é muito bom, mas cansa. Entrar na água completamente suado e relaxar é ótimo!

Encostar a bici e comer em um café metido é delicioso.

Voltar para o hotel com as calorias gastas é necessário.

Um cafe histórico (há vários) com una cantante pré-histórica e plateia idem: como gosto.

Bem melhores que as iguais novidades das baladas jovens, que valem ser visitadas também.

Viajar para uma cidade pequena, de praia, é prazeroso, fácil e perto.

Um lugar sem mania de grandeza.

Você fala qualquer língua próxima, paga com qualquer moeda.

São meio argentinos e meio brasileiros. Sem problemas.

E deixem as culturas se misturarem.

Deixem os gringos se encantarem, gastarem suas dores e moedas.

Que esse Uruguai dá samba.

quarta-feira, 4 de março de 2009