segunda-feira, 16 de maio de 2011

Acertaram no target: Gente Diferenciada

Amo gente diferenciada.

Nem precisa ser no sentido novo que a expressão ganhou, que é de pobre.

Chega a ser engraçado: pobre que é diferenciado.

A gente passou anos achando que era o contrário.

E tudo mudou mesmo, inverteu.

Antes todo mundo só queria saber do AB.

Não tinha nenhum produto ou serviço que não constasse em sua apresentação: Classe AB.

Com o constante uso, o esvaziamento do termo e alguns fatores macroambientais, o C entrou com um conceito, digamos, "diferenciado".

Diferenciado não é mais do que o não igual.

E já falei, não gosto de gente igual.

Que faz do mesmo jeito, que segue a regra ao pé-da-letra, que não quebra o protocolo.

Que repete e se repete.

Gente que "agrega o mesmíssimo valor" há 20 anos, que só vê beleza no que foi imposto e segue a excursão, o curso.

Gente diferenciada é outra história: tem brilho nos olhos, brilho próprio, inventa, cria, se vira.

Gente diferenciada faz rir. E chorar. Não é de plástico e isso é muito plástico, sim! Independe de modas e valores estéticos. Vai mais fundo, mora é na alma.

Mas para viver e ter gente assim por perto tem que se virar também: sair de casa, do escritório, de frente da tv, da sua classe social, do ciclo de amigos, da Zona Sul, do carro.

E quem sabe até...pegar um metrô.