Amo gente diferenciada.
Nem precisa ser no sentido novo que a expressão ganhou, que é de pobre.
Chega a ser engraçado: pobre que é diferenciado.
A gente passou anos achando que era o contrário.
E tudo mudou mesmo, inverteu.
Antes todo mundo só queria saber do AB.
Não tinha nenhum produto ou serviço que não constasse em sua apresentação: Classe AB.
Com o constante uso, o esvaziamento do termo e alguns fatores macroambientais, o C entrou com um conceito, digamos, "diferenciado".
Diferenciado não é mais do que o não igual.
E já falei, não gosto de gente igual.
Que faz do mesmo jeito, que segue a regra ao pé-da-letra, que não quebra o protocolo.
Que repete e se repete.
Gente que "agrega o mesmíssimo valor" há 20 anos, que só vê beleza no que foi imposto e segue a excursão, o curso.
Gente diferenciada é outra história: tem brilho nos olhos, brilho próprio, inventa, cria, se vira.
Gente diferenciada faz rir. E chorar. Não é de plástico e isso é muito plástico, sim! Independe de modas e valores estéticos. Vai mais fundo, mora é na alma.
Mas para viver e ter gente assim por perto tem que se virar também: sair de casa, do escritório, de frente da tv, da sua classe social, do ciclo de amigos, da Zona Sul, do carro.
E quem sabe até...pegar um metrô.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
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