Não havia veados para abater nem macacos para arremessar bananas.
Insultos ali nitidamente não faziam efeitos.
No centro da arena um time de fortes, jovens, bem-sucedidos.
Homens brancos unidos e patrocinados pelo poder da indústria paulista.
A cada comemoração uma demonstração de força e domínio.
Em volta, 17 mil torcedores que não sabiam bem como se assiste a uma partida de vôlei.
Estavam ali.
Sem nada a ver.
E sem ninguém para humilhar,
voltaram para casa humilhados.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
O que mudou e o que continua. (Falando profissionalmente)
Escrevi este texto, há alguns dias, sem um objetivo específico. Fiquei pensando, pedi algumas opiniões. Resolvi postar aqui.
O que mudou e o que continua.
Todos estamos ou deveríamos estar questionando sobre a quantidade, o tamanho e a velocidade das mudanças em nosso mercado.
Um movimento presente e evidente que vem passando como tsunamis sobre nossos olhos e arrastando convicções a cada instante.
Parece que quem, como nós da Agência (DEZ), entrou no mercado na década de 90, já passou por todo o tipo de crise, onda de crescimento, guerras, ameaças,
boas oportunidades, fenômenos macroeconômicos imprevisíveis. Tudo em um espaço de tempo relativamente curto para tanto movimento.
Mas qual a real mudança nesta relação de troca que é o consumo de bens e serviços?
O que está igual e o que está diferente?
O que não mudou é o sentimento de adquirir algo e querer em troca a recompensa deste esforço, seja material ou emocional.
Quero comprar isso e receber isso. Se receber mais que isso, melhor ainda.
A quebra desta equação continua causando um tremendo dissabor.
Um pacto que se desfaz, uma guerra, um tsunami de maus sentimentos.
Isso ainda é o mesmo. Desde mil novecentos e alguma coisa ou até antes, como muitas marcas gostam de estampar em suas assinaturas.
O que mudou mesmo foi o efeito e o tamanho desta onda.
Hoje a comunicação não é, de fato, unilateral.
Comunicação é diálogo com o consumidor, com um grupo deles, com o mercado.
E, cada vez mais, em uma proporção que nenhuma barreira pode suportar.
O consumo frequente, fiel, com consciência, que todos queremos conquistar não se dá mais apenas pela beleza, inovação ou impacto de uma campanha publicitária.
Esta tem a função de atrair a sua atenção para aquela marca.
Após isso e o êxito de uma experiência de consumo é que se dá o verdadeiro jogo da verdade.
A vida real entra em cena.
Experimento, gosto, não gosto, sugiro mudança, devolvo, publico, dialogo.
Hoje não adianta mais apenas pagar para dizer que é bom.
Produtos, pessoas, serviços, instituições só convencem se forem realmente capazes de provar que cumprem o que prometem.
Não estou questionando se a comunicação de massa continua importantíssima, é inegável, mas é apenas um início.
Tudo comunica e isso é maravilhoso.
O que vale é a experiência ou as experiências.
Hoje o produto não é um deus distante e intocável, como já foi.
É algo que qualquer pessoa pode questionar.
É postar em uma rede social uma mensagem que logo vem a resposta, uma justificativa ou uma desculpa, que seja.
Assim como você pode dialogar com o seu ídolo pela internet e até se sentir, ou ser de fato, íntimo dele.
Algo que só acontecia em sonhos na nossa infância. E era horrível acordar porque bom mesmo é fazer a troca ser real. Possibilidade que vivemos agora.
É, também, emocionante ser exposto a ações como ver a minha marca de roupas preferida estampando um programa de regeneração da vegetação litorânea.
Esta ação faz parte de uma comunicação que me veste por inteiro e prova que a minha escolha é certa. Perfeita para os meus valores.
Eu, cada um de nós e nossos valores estamos no poder.
Fico feliz de responsáveis pelo marketing das empresas buscarem constantemente o que está sendo falado sobre elas na internet, via redes sociais.
É sinal que paramos, ao menos um pouco, de falar das nossas forças, das fraquezas dos concorrentes e o mais importante: paramos para escutar.
E escutando vamos melhorar nossos produtos, serviços e nós mesmos a cada dia.
Acreditem, o processo de comunicação, em sua forma integral, é um grande instrumento de melhoria humana.
Ahmed Calais Hamdan é Publicitário, Sócio e Diretor de Criação da Agência DEZ, desde 1995.
O que mudou e o que continua.
Todos estamos ou deveríamos estar questionando sobre a quantidade, o tamanho e a velocidade das mudanças em nosso mercado.
Um movimento presente e evidente que vem passando como tsunamis sobre nossos olhos e arrastando convicções a cada instante.
Parece que quem, como nós da Agência (DEZ), entrou no mercado na década de 90, já passou por todo o tipo de crise, onda de crescimento, guerras, ameaças,
boas oportunidades, fenômenos macroeconômicos imprevisíveis. Tudo em um espaço de tempo relativamente curto para tanto movimento.
Mas qual a real mudança nesta relação de troca que é o consumo de bens e serviços?
O que está igual e o que está diferente?
O que não mudou é o sentimento de adquirir algo e querer em troca a recompensa deste esforço, seja material ou emocional.
Quero comprar isso e receber isso. Se receber mais que isso, melhor ainda.
A quebra desta equação continua causando um tremendo dissabor.
Um pacto que se desfaz, uma guerra, um tsunami de maus sentimentos.
Isso ainda é o mesmo. Desde mil novecentos e alguma coisa ou até antes, como muitas marcas gostam de estampar em suas assinaturas.
O que mudou mesmo foi o efeito e o tamanho desta onda.
Hoje a comunicação não é, de fato, unilateral.
Comunicação é diálogo com o consumidor, com um grupo deles, com o mercado.
E, cada vez mais, em uma proporção que nenhuma barreira pode suportar.
O consumo frequente, fiel, com consciência, que todos queremos conquistar não se dá mais apenas pela beleza, inovação ou impacto de uma campanha publicitária.
Esta tem a função de atrair a sua atenção para aquela marca.
Após isso e o êxito de uma experiência de consumo é que se dá o verdadeiro jogo da verdade.
A vida real entra em cena.
Experimento, gosto, não gosto, sugiro mudança, devolvo, publico, dialogo.
Hoje não adianta mais apenas pagar para dizer que é bom.
Produtos, pessoas, serviços, instituições só convencem se forem realmente capazes de provar que cumprem o que prometem.
Não estou questionando se a comunicação de massa continua importantíssima, é inegável, mas é apenas um início.
Tudo comunica e isso é maravilhoso.
O que vale é a experiência ou as experiências.
Hoje o produto não é um deus distante e intocável, como já foi.
É algo que qualquer pessoa pode questionar.
É postar em uma rede social uma mensagem que logo vem a resposta, uma justificativa ou uma desculpa, que seja.
Assim como você pode dialogar com o seu ídolo pela internet e até se sentir, ou ser de fato, íntimo dele.
Algo que só acontecia em sonhos na nossa infância. E era horrível acordar porque bom mesmo é fazer a troca ser real. Possibilidade que vivemos agora.
É, também, emocionante ser exposto a ações como ver a minha marca de roupas preferida estampando um programa de regeneração da vegetação litorânea.
Esta ação faz parte de uma comunicação que me veste por inteiro e prova que a minha escolha é certa. Perfeita para os meus valores.
Eu, cada um de nós e nossos valores estamos no poder.
Fico feliz de responsáveis pelo marketing das empresas buscarem constantemente o que está sendo falado sobre elas na internet, via redes sociais.
É sinal que paramos, ao menos um pouco, de falar das nossas forças, das fraquezas dos concorrentes e o mais importante: paramos para escutar.
E escutando vamos melhorar nossos produtos, serviços e nós mesmos a cada dia.
Acreditem, o processo de comunicação, em sua forma integral, é um grande instrumento de melhoria humana.
Ahmed Calais Hamdan é Publicitário, Sócio e Diretor de Criação da Agência DEZ, desde 1995.
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