No show fechado em BH, encontrei-me por acaso com o meu primo Nácer (aquele que lá no início me aplicou). Ele já havia me pedido para entregar uma poesia que fez para a Marina. Eu ainda não havia encontrado a hora, até porque a melhor pessoa para fazer isso era ele mesmo. Mas neste show, ele estava com o poema para a Marina em uma mão e, na outra, um para mim. Entregou ambos...em mãos. Olha isso:
Ahmed
"Onde nada se pode saber de verdade, a mentira é permitida."
Nietzsche
Que todos aconteçam!
Gosto de gostar de quem me cerca
Extravio objeções cancelas quinquilharias
Antecipo estigmas e enguiço os óbvios
Entendo a engrenagem
Vista daqui é suportável
Lido com meus ais sem aflição
Percorro corpos à minha procura
Sexo é subjetivo
Arte é liberdade conquistada
Deus reconhece quem das regras esquece
Não quero ser continuação
Aprendo com o meu reflexo, a minha expressão
Quero ser herdeiro do agora
Amplio o portal do tempo
Tudo se mistura e continua
Mais aberto solto imprevisível
Salto de um trapézio
E mergulho no nada
Sorvo no escuro a solidão do mundo
Ejaculo-me ao vento espraiado
Fecundo o dia
Coreografo o infinito
Sorrio pras estrelas
E inauguro a próxima estação
Nácer Hamdan Harmuche
E aí, viu algo de mim?
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
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5 comentários:
Que lindo, Nácer !
Pura poesia.
Beijo da sua prima Lis.
Roger disse:
Adorei Nácer. Adorei mais ainda "ser herdeiro do agora".
Roger.
Arrepiei com os dois comentários. Comecei bem!
Saudade da Lis!, porque Roger eu vi outro dia...
Parece que os 2 comentários acima são do Nácer, autor do texto. Ele esqueceu de assinar.
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