quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Mas

Natal é bem chato, mas tem essa coisa boa do encontro. E, ah, aquela pessoa é insuportável, mas sabe que me surpreendi com a educação? E acaba que é uma ideia muito legal, mas foi meio mal executada. O trabalho agarrou numa bobagem, mas quando sair dessa tenho certeza de que vai dar certo. Nem vou falar de política, apesar de ser tão importante. Vou falar sim, não dá para beijar boca vazia de palavras. Tem gente que vive assim: só pelo olho. Capturado achando que captura. Dá pra engolir não. As pinturas nas laterais dos prédios da cidade estão ficando lindas, mas são empenas cegas: só enxergam os que querem ver. Mostrar a bunda de celulite é muito educativo, mas contratar abusador é muito desaviso. O abusador não tratou bem a bunda cheia de celulite. A música? Sei não. A gente acaba acostumando. Mas tem que beber bastante, que também enche. Bora de água de coco e açaí natural do Pará. Amor e amora. Há consenso: a Pablo Vittar canta muito mal, mas arrasta multidões para o seu canto. Que nem o Chico Buarque. Mas se você mora no Leblon, tudo bem. Só leva xingo de coxinha. E ainda dizem que não há um significante que determine o sujeito. Isso é enigmático, mas também pode ser outra coisa. Pode ser que seja a coisa. Aquilo que foi perdido lá bem no início. Que nem existe, mas a gente fica aí a procurar.