Havia um clima de Chicago no ar.
Comitiva grande,atletas e Obama por chegar.
Pelo Brasil, Lulalá.
E nós a torcer.
O jeito mais comum nem era gritar, brigar, vestir verde e amarelo.
Era ter um aperto no coração constante.
Aquele nó que tentamos fingir que não existe, mas ele estava lá.
Ah Rio, ganha! E tapa a boca de todo o mundo, agora em sentido total, com um gesto de silêncio.
Ou um grito de alegria vindo de um lugar quente, com pessoas de pouca roupa e corpos aparentes de diversos formatos.
Rio, ganha da Chicagada, de Tokio, da tourada.
Mostra seu e nosso jeito único para o mundo. Mostra mais, tira este resto de tanga que falta. Faça cair a canga. E abraça este tanto de gente que nasceu aí por este mundo afora e quer muito te ver.
O Rio ganhou. O Rio me ganhou mais ainda. Eu ganhei uma olimpíada. E vou pagá-la em real. Isso é real.
Eu estava em Copenhagen e vi o Rio pela tela a pular.
Junto ao pulsar saltitante do meu coração.
Eu vi o rio passar e meu coraçao, olímpico de tudo, já está lá.
sábado, 3 de outubro de 2009
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