sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Bad Reality

Entra-se pelo caminho mais fácil. A tv, a novela, a música que esta impõe. A coisa alegrinha, o axé e o bate-estaca. O filme é de ação. Você não. Não temos paciência para escutar, pensar, elaborar. Isso é coisa de gente chata. Estamos sempre sambando. Tentar achar um resultado novo é muito complicado. Melhor deixar como está, "é assim mesmo". A coisa se repete incessantemente nas falas. Nas atitudes e nos resultados. E aí passamos a nossa vida quase toda trancados em um escritório. Sem "tempo" para nada. Ainda achando isso bonito, vendável. Convivemos com pessoas que nos fazem um mal extremo durante anos. E tentamos nos anestesiar tomando uma dose de alguma droga qualquer. Anfetaminas, álcool ou BBB. Até mesmo produtos gourmet. Quem sabe um carro? Loucas por bolsas e sapatos, colecionam frustrações dentro de um armário de solidão. Ou tudo junto e misturado, como se repete por aí. Mais uma vez, quase sem pensar. Não escolhemos. Escolhem para nós. Sem conhecermos nosso próprio desejo, entramos onde um outro nos manda. E como não enxergamos a saída, vamos morrendo sufocados.

2 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Ante a este mundo que nos bombardeia com seus estímulos desestimulantes, sua pressa - que não nos permite de fato experienciar o novo, ou o velho - os milhares de snack culture que consumimos, consumimos...o que mais se faz nos dias de hoje além disso?! Mas qual é o sentido deste modus vivendi?

Sentido, palavra bastante polissêmica e seus significados, aparentemente tão diversos, como por exemplo, com a conotação de significado, ou de direção, ou para nos referir à faculdade do que é sensível, como os cinco sentidos, etc.
Não faz sentido, não toca os sentidos, apenas passamos pelas coisas sem que elas passem por nós.

Opinar sobre tudo, a todo tempo, de modo caótico, sem o estabelecimento do vínculo.
Diante deste quadro, os desejos do indivíduo são desprezados e muitas vezes, dependendo do grau de seu alijamento do mundo, indescortinos. Ou seja, dado a existir vidas sem seu elemento fundamental, que as mantém na condição de vivos; o movimento pelo querer profundo, o desejo.

Decidi não corromper meu desejo. Decidi me isolar. Não me isolei.
Decidi que só vou ouvir o que quero, ler o que quero, vou escolher. Estou tentando.

Mas como?! A gama de escolhas também é (de-)limitada.
O que fazer?
Tocando em frente, andando em círculos.

Aminah Haman