segunda-feira, 15 de maio de 2017

Tape #14

Vou confessar que vi a série 13 Reasons Why só para ler o texto com aviso de #SPOILER da Adriana Pinheiro, que não tem a opção Compartilhar. Hoje, pra mim, a ideia é pensar muito e não fechar, concluir. E falar muito, muito sobre as dores e assunto doídos, incluindo suicídio, sem se esquecer das delícias, claro! Daí já acho que vale a pena a produção, o tempo "gasto" vendo e justifica o sucesso. Quando vi que a "Kidly" falou sobre, pronto, era a amarração que faltava para me motivar. Me vi naquele ambiente colegial, mas eu era um ser dentro-fora (êxtimo). E isso era ok para mim. Tinha meus sérios treinos de vôlei, os amigos mais velhos e um pouco mais maduros, ou seja, já era também de uma balada fora dali. Sem deixar de ser dali, claro, de ser um estudante aplicado adolescendo. Adriana era popular, abusada, garota olimpíada, nitidamente mais madura do que a pirralhada (e mais alta). Convivia com os caras que eu odiava, que eram exatamente os mais populares e chamados por nome e sobrenome. Adriana me chamava assim: AHMED HAMDAN. E isso para mim era bem importante e me dava mais segurança. No mais era o vôlei, os estudos (que sempre curti e continuo) e as baladas (que sempre curti e...). E pra que mesmo este relato? Ah...é minha fita passando, como diz o clichê, após ter passado a segundona de feriado na tarefa. Enfim, bora falar? Bora falar sobre suicídio, angústia, dor, tesão, conflito e, claro, muita bobagem? Acho que é assim que algo do intraduzível pode se transformar em palavra e, quem sabe, até impedir uma passagem ao ato. Quem sabe até acessar algo ali próximo do desejo, este real que nos assola e do qual temos pouquíssimo ou nenhum sinal de conhecimento. Desvendar, entender, compreender, representar? Ouvi falar por aí que é do campo do impossível.

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