terça-feira, 11 de março de 2008

Dentro de cada um tem mais mistérios do que pensa o outro

A seção de análise havia terminado, muitas dúvidas ainda e uma dor absurda no coração (que mais falava da alma mesmo). As duas últimas seções (essa porra é com cedilha mesmo? É uma parte, uma secção ou um todo: uma Sessão da Tarde? Bom, pelos exemplos fico com seção. As da tarde, com aquela marca gorda e com muitos "esses" eram deliciosas e leves, lembram férias, primos, chuvinha, não esta tortura aqui.)Então, as duas últimas seções haviam sido muito doídas, tive que falar de coisas que preferia ter esquecido. Deixado lá num passado que minha analista nunca iria descobrir. Crimes perfeitos ocorridos contra mim, neste caso. Resolvo mexer na ferida e, pronto, estava de "cabeção", levaria um tempo para me recuperar e voltar para minha vidinha de pessoa feliz, comum, trabalhadora, educada e outros exemplos que meus pais me ensinaram parecer ser. Provavelmente já sabia que não ia ser fácil e deixei o dinheiro separadinho no bolso esquerdo da calça jeans, perto da fivela do cinto e abaixo da cueca que ainda cisma em aparecer. As 3 notas estavam ensopadas. Senti aquele quente-úmido nas mãos e entregue-as à analista. De repente me lembrei das duas seções com cedilha que estava pagando e soltei minha conclusão: "dinheiro suado".

5 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom.
Como no meu passado: Se eu fosse a analista iria à pia, molharia o troco e devolveria. hehehe!

Ahmed Hamdan disse...

Ah, agora que me lembrei do caso que você recebeu o dinheiro molhado. É bom, heim? Só que no meu caso não tinha troco, a conta era exata para não dar nenhum trabalho a mais. Valeu, Rui!

Anônimo disse...

Ahmed, tudo bem com vc? Essa estória de análise... o Caetano tem a melhor frase: de perto ninguem é normal rs adoro isso... Tenho andado à mil trabalhando e quieta pensando...aparece cada uma...
beijão.

Marina

Ahmed Hamdan disse...

Estou bem, mas com muitas saudades de aventuras marinísticas na minha vida. Já faz parte, não tem jeito. Pulei os shows de fevereiro porque tinha chegado de viagem e estava com a cabeça em outro lugar. Mas quando tudo voltou ao normal, me bateu aquele vazio que só o arranjo novo de "Ainda é cedo" pode preencher. Bom, vou resolver isso. ;)

Ahmed Hamdan disse...

Ah, e "de perto ninguém é normal" são aquelas frases que, de tão adequadas e pertinentes, ficaram imortalizadas. Tipo "Você me abre os seus braços e a gente faz um país"...sabe como?